terça-feira, 15 de junho de 2010

Por que codinome professor?


Não sei se a docência me escolheu, ou eu escolhi a docência. Só sei que a partir do momento que se dá a primeira aula, a gente deixa de ser a gente mesmo e passa a ter um codinome: professor.
Posso ser milhões no Brasil, ou milhares no estado de São Paulo. Posso ser de diversas disciplinas: matemática, língua portuguesa, física, arte, biologia, etc. Posso ser do ensino infantil, fundamental, médio, técnico, universitário, etc. Posso ser muitos e ao mesmo tempo um só. Aquele que é conhecido como prof, fessor, professor para os populares; para os elitistas, simplesmente, docente.
Quando me perguntam: profissão? Respondo: professor. Automaticamente, dizem-me: Ah, então você só dá aulas? Penso: SÓ????
Sim, somente isso. Só dou aulas. Sou responsável pela formação daqueles que futuramente serão médicos e salvarão vidas; advogados que defenderão inocentes, ou não; economistas que decidirão de que forma aplicar os recursos de nosso país. Sou aquele que forma as pessoas que dirigirão nosso país e que acreditarão que professor SÓ dá aulas. Fora isso, o professor não faz mais nada. Será?
Você deve estar se perguntando, ou não, por que codinome professor?
Como já escrito quando se leciona você perde parte da sua identidade, deixamos de ser Maria, João, Rita, Cléber, Ana, para ser o professor.
Por isso, bem-vindo nobre leitor, meu codinome é professor e este é o meu mundo.
Se lhe agradar, volte sempre; se não gostar, tem o direito de se dirigir a um outro blog ou site, você tem o controle.

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